Obras do primeiro aterro sanitário de Manaus são apresentadas; estrutura deve entrar em operação em 2026, diz prefeitura
17/10/2025
(Foto: Reprodução) Projeto de novo aterro sanitário de Manaus integra plano de resíduos sólidos
As obras do primeiro aterro sanitário de Manaus, que promete solucionar o problema histórico da falta de espaço adequado para o manejo dos resíduos sólidos, foram apresentadas oficialmente pela prefeitura da capital nesta sexta-feira (17). O empreendimento está sendo construído ao lado do atual aterro controlado, localizado no km 19 da AM-010, no bairro Lago Azul, Zona Norte.
Com investimento de mais de R$ 20 milhões, o novo aterro ocupará uma área de 67 hectares, dividida em quatro células operacionais — cada uma com quase cinco hectares.
A previsão é que a estrutura entre em funcionamento em fevereiro de 2026 e tenha vida útil estimada em 20 anos, conforme o cronograma firmado em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, segundo a prefeitura.
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Obra inclui camadas impermeáveis para evitar contaminação do solo
Durante visita técnica, a equipe responsável mostrou a instalação de quatro camadas de impermeabilização que vão impedir a contaminação do solo pelo chorume produzido no aterro. O gerente operacional do Aterro de Manaus, Peter Maia, explicou que o novo sistema foi projetado para controlar e tratar o líquido resultante da decomposição dos resíduos.
Obras do primeiro aterro sanitário de Manaus são apresentadas; estrutura deve entrar em operação em 2026, diz prefeitura.
Divulgação/Semcom
O atual aterro da cidade funciona desde a década de 1980 e atingiu o limite de uso em 2024. No entanto, as atividades continuam após a assinatura de um TAC entre a prefeitura e o Ministério Público, que estendeu a operação até 2028. Com a inauguração do novo espaço, o aterro antigo será desativado de forma gradual.
Projeto tem licenciamento e autorização judicial
De acordo com o prefeito David Almeida, o projeto tem todas as licenças ambientais necessárias e foi autorizado pela Justiça do Amazonas.
O juiz titular da Vara de Meio Ambiente (Vema), Moacir Pereira Batista, confirmou que a construção está regular até o momento, mas destacou que a Justiça pode suspender o projeto se forem encontradas irregularidades.
Em entrevista, David Almeida também ressaltou que o novo aterro vai garantir autonomia à Prefeitura de Manaus no gerenciamento do lixo.
A administração municipal defende que a construção do próprio aterro é a solução mais viável e sustentável para a capital, mesmo após estudos apontarem que já havia um espaço adequado para receber a estrutura.
